Olá!!!
Depois de longos dias sem postar e sem dar notícia alguma, hoje finalmente decidi voltar (rs). Se antes eu tinha novidades para contar, agora então nem se fala. Mas, mais uma vez os deixarei curiosos em relação à uma das novidades, pois ainda é cedo para dizer algo.... Sim, sim, aguardem que mais para frente contarei com calma todas as coisas que estão acontecendo por aqui.
Bom, hoje decidi escrever um pouco sobre o por quê de eu gostar tanto de fazer tsurus, os famosos passarinhos de origami. Para mim, mesmo sendo uma dobra fácil e nunca esquecida, ela tem uma lenda e vários significados especiais. Mesmo hoje tentando quebrar certos traumas, sei que estou pronta para fazer o feito e sinto-me feliz em ter coragem para dobrá-los mais uma vez.
Para aqueles que não sabem, há alguns anos eu realizei a promessa de fazer os 1000 tsurus (explico o por que da quantidade daqui a pouco) , mas senti- me triste, pois a pessoa que os recebeu infelizmente não os viu e... faleceu pouco tempo depois. Creio que vocês devem imaginar o quanto fiquei triste e havia dito à mim mesma que não os faria novamente, mesmo sabendo do significado de fazer as 1000 dobras. Hoje, refletindo bastante em meio a turbulência que vivo, vi que uma promessa será sempre uma promessa e que deve ser cumprida. Naquela época, fiz as dobras de uma cor, simbolizando todo o sentimento de saúde e paz para esta pessoa. Hoje, decidi que, a vida é representada por várias cores e que os 1000 novos tsurus dobrados para uma pessoa mais que especial em minha vida, seriam todos coloridos, como é essa pessoa que os ganhará. Eu comecei as dobras ontem e a pessoa nem imagina que é para ela. Mas, ao ganhá-los, sei que a pessoa ficará feliz, pois finalmente cumprirei uma promessa feita... há mais de quatro anos.
Para vocês entenderem o motivo do tsuru ser tão especial, segue a lenda da A menina de Hiroshima:
Esta história começa em 1945. Uma meninha chamada Sadako Sasaki vivia na cidade ja-ponesa de Hiroshima. Quando tinha dois anos, lançaram sobre sua cidade a primeira bomba atômica. Quase tudo foi destruído e arrasado pelo fogo. Sadako, que se encontrava a mais ou menos dois quilômetros do local da explosão, aparentemente nada sofreu.
Poucas semanas depois, começaram a ocorrer mortes causadas por uma doença que nem os médicos entendiam. Pessoas que pareciar gozar de plena saúde, subitamente sentiam-se fracas, caíam doentes e morriam. Aos 12 anos, Sadako era uma menina alegre, normal e frequentava uma escola do bairro. Estudava e brincava como outras crianças, e uma das coisas de que mais gostava era correr. Um dia, depois de participar de uma corrida de revezamento em que ajudara sua equipe ganhar, sentiu-se muito cansada e teve tontura. Achou que era desgaste provocado pela corrida. Na semana seguinte, especialmente quando corria, as tonturas voltaram. Sadako não disse a ninguém, nem mesmo para sua melhor amiga, Chizuko.
Certa manhã, sentiu-se tão mal que caiu e ficou estendida no chão. Não havia mais como esconder. Levaram-na para um hospital da Cruz Vermelha. Sadako estava com leucemia. Outras crianças de Hiroshima começaram a apresentar os mesmos sintomas de leucemia, então chamada “doença da bomba atômica”. Quase todos estavam morrendo e Sadako ficou assustada, pois não queria morrer. Chizuko foi visitá-la levando um papel, com o qual fez uma dobradura representando um grou (tsuru). Chizuko contou à Sadako uma lenda: o grou, ave sagrada do Japão, vive mil anos, e se uma pessoa dobra mil grous de papel, fica curada. Sadako resolveu fazer os mil grous. Lentamente ela dobrava os grous, apesar da leucemia que a enfraquecia. Ainda que não melhorasse, prosseguia e consegui terminar as mil aves de papel. Sem ficar zangada ou entregar-se, resolveu fazer mais. Todos acompanhavam sua determinação e paciência, até que em 25 de outubro de 1955, rodeada por sua família, ela montou seu último grou e dormiu placidamente pela última vez.
Seus amigos, nos quais deixou saudades, sentiram-se muito tristes por ela e pelas outras crianças e quiseram fazer alguma coisa. Assim, 39 de seus colegas de classe resolveram formar um clube e arrecadar dinheiro para erguer um monumento em memória de Sadako e de todas as outras crianças. Alunos de 3.100 escolas japonesas e de nove outros países fizeram doações. Finalmente, em 05 de maio de 1958, conseguiram dinheiro suficiente para a construção do monumento. Ele foi chamado de “Monumento das Crianças à Paz”, e colocado no Parque da Paz, no centro de Hiroshima, exatamente onde havia caído a bomba. Esse esforço das crianças ficou tão popular que inspirou o filme “Os mil grous de papel”. As crianças de Hiroshima e Tóquio que participaram do filme resolveram ficar amigas e fundaram o “Clube dos Mil Grous de Papel”. Nada, porém, resume melhor o significado dos grous e do Clube do que as palavras gravadas no pedestal do Monumento das Crianças à Paz:
“Este é o nosso grito
Esta é a nossa prece
Construir a paz no mundo que é nosso”.
Um ótimo dia e até a próxima.
Bjos ^_^
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