Oi. Quase no fim da noite, eu precisando dormir pois amanhã tenho que acordar cedo, mas a excitação é muito maior: hoje, o sono pode esperar. Algo muito especial aconteceu comigo nesta data: depois de quase uns 06 anos, eu conversei com uma das pessoas mais importantes e mais saudosas de minha vida: minha antiga professora de japonês, a Sato Sensei. Pois é. Para quem não sabe, eu estudei japonês durante quase 14 anos em minha vida e foi lá que - durante essas aulas que eu praticamente ia mais para brincar quando criança - conheci meu marido, com quem brigava muito. Lógico, as aulas não eram apenas brincadeiras, mas estudo fundamentais na base da língua que sei até hoje. Durante esses quase 14 anos, entre muitos professoras (sensei) que eu passei, uma única pessoa continuou em minha vida, dando aula e me incentivando nos estudos: a Sato Sensei. Eu nunca soube direito sobre a vida dela, mas pouco me interessava, pois estava lá para aprender. Eram aulas, tarefas, lições de casa, brincadeiras, jogos, apresentações... Num período de duas horas, duas vezes por semana, eu aprendi muito coisa, chegando até a 4ª série do primário... pois é, pena que não consegui prosseguir, pois precisava trabalhar após o término do colegial... Mas, no passar dos anos em que fiquei por lá, virando a "sempai" (a aluna mais velha) da turma - muitos colegas saíram no meio do caminho, incluindo meu marido - ajudava também a Eri Sensei (filha da Sato Sensei) na organização dos eventos de final de ano, undokais e até mesmo das aulas. Tanto que, durante meu último ano, eu havia decidido a fazer letras / japonês para prosseguir meus estudos (mas isso mudou quando comecei a trabalhar). Era uma farra e sempre via com bons olhos as duas senseis que sempre me incentivavam.
Tanto que, no preparo da festa de casamento, nossas convidadas de honra seriam elas. Procurei de todos os modos os telefones e através de uma carta escrita pela filha da Eri Sensei há anos, encontrei o telefone atual na lista telefônica. Foi uma farra, mas uma pena que elas não puderam comparecer. A dúvida de todos era como estava a saúde da Sato Sensei, pois depois que perdemos contato com elas, não sabíamos e estávamos curiosos em saber disso. E, agora no começo do ano, eu finalmente pude preparar uma pequena lembrança à elas e deixei meus contatos na pequena carta que escrevi. Para agradecer o presente (que nem precisava), no meio da tarde, a Eri Sensei ligou aqui em casa. E acreditem, hoje eu falei com a Sato Sensei pelo telefone, após estes longos anos. Pela voz, vi que ela está bem, mesmo já não podendo andar (muitas coisas aconteceram com ela, mas ela está lúcida, falando, ouvindo, vendo - pelo que pude entender). Mas a voz é aquela mesma simpática, doce e suave, que falava calmamente durante as aulas. Deu saudades da bagunça, das festas, das intrigas...
Até cheguei a comentar com a Eri Sensei sobre isso: foi uma fase ótima, regada de doces lembranças... e falar com a Sato e a Eri Sensei praticamente foi um sonho para mim. Eu simplesmente não sei explicar qual o meu real sentimento, pois não encontro uma palavra exata que demonstre a FELICIDADE que sinto até o momento. Mas nossa, foi muito bom. Na verdade, foi maravilhoso. Combinei com a Eri Sensei de reunirmos uma parte da turma e irmos lá nos encontrarmos com ela, já que a Sato Sensei não pode sair de casa. Como hoje somos todos adultos e alguns (ou vários) já dirigem, comentei com ela que entraria em contato com os amigos mais próximos, marcaríamos uma data, a avisaríamos e iríamos todos lá, rememorar e regar de lembranças uma fase importante e maravilhosa de nossas vidas. Tinha dias que as horas não passavam. Hoje, a saudade é tamanha que lágrimas correm por meu rosto.
Eu (e meu marido também) temos muito o que agradecer às Senseis, pois foi através delas que eu e ele nos encontramos. Sem essa pequena ajuda talvez essa união jamais aconteceria.
SATO SENSEI e ERI SENSEI,
HONTOUNI ARIGATÔ GOZAIMASU.
O sono agora persiste e a cama me chama. Infelizmente, mesmo querendo escrever mais, terei que ir. Um ótimo domingo à todos. Bjos ^_^
PS: Se o texto ficou confuso e lotado de português, me perdoem. Mas é que a emoção tomou conta do meu coração, do fundo dele... Mas, hoje pode, né? (rs)
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