
Bom dia.
COMENTA-SE que, muitas doenças adquiridas com o tempo, são geradas por problemas emocionais e não apenas por fatores físicos ou hereditários. Uma dessas doenças é o câncer, doença que insisti em ficar próximo à mim, "atacando" uma das pessoas mais importantes em minha vida: minha mãe.
Quem me conhece sabe que "convivo com a doença" há mais de 03 anos, desde que foi diagnosticado um tumor na mama direita dela. Sim, minha mãe é operada há dois anos e tenho muito orgulho dela, pois vencer todos os tratamentos é algo realmente extraordinário. A partir desta descoberta, eu, minha irmã, minha sobrinha e as futuras gerações de mulheres na família precisamos nos cuidar com muito mais atenção pois minha mãe é o primeiro caso na família. Mas, lembro-lhes que os cuidados não se restringuem apenas àquelas mulheres que possuem casos em família: qualquer mulher deve fazer seus exames e se cuidar deste cedo. No caso porém, os cuidados meio que acabam sendo maiores, pois há e não há o risco de adquirirmos a doença um dia.
Mas, voltando: infelizmente o tipo de câncer da minha mãe não é um câncer "fácil" (ou benigno, como é chamado), mas sim, um tumor do tipo maligno, onde pelo que eu já li, há risco de se alastrar por outras partes e órgãos do corpo. E, talvez isso possa ter acontecido. Agora, vocês devem imaginar como estou: há quase um ano lutamos para o tratamento da mama esquerda, quando, durante um exame de rotina, foi detectado um novo módulo na mama. Agora, desde a última sexta-feira, convivemos com a possibilidade do tumor ter atingido outros órgãos do corpo, o que me apreende ainda mais. A fé eu nunca perdi, pois creio em todas as forças do mundo e que tudo acontece em seu tempo. Então, rezo muito para que tudo dê certo e que seja feito aquilo que é necessário. Mas, é complicado.
Se vocês acham que estou confusa em meio à tantos pensamentos, dúvidas, indagações, etc etc etc... imaginem como está a mente de minha mãe agora. Talvez, o maior problema dessa doença é o abalamento psicológico das pessoas próximas ao doente. Eu praticamente hoje preocupe-me em procurar trabalhos freelancers que me mantenham com um certo tempo livre para que eu possa ajudá-las no que for possível. Talvez também, o desemprego tenha vindo em um momento onde puder acompanhar passo-a-passo os primeiros diagnósticos desta segunda fase da doença. E agora, mesmo casada, preocupe-me com seu estado físico e psicológico. Eu amo a minha mãe com todas as forças, mesmo sabendo que tenho uma vida inteira para viver. Mas, sou totalmente família e qualquer "probleminha" me abala, eu fico perdida, pensativa, desatenta, preocupada....
Se eu pudesse, faria tudo para que nada de mal acontecesse com ela desde o começo. Mas, não sou Deus para impedir que algo de mais grave aconteça com ela nos próximos meses, semanas ou anos; não sou Deus para impedir que as coisas acontecem quando necessária. Eu tento ser forte, o mais que posso quando estou perto dela, mas há momentos em que desabamos, não há como conter as lágrimas que teimam em cair (como agora). Tento viver minha vida, seguir em frente, mas é minha mãe que está doente, sabe. É aquela mulher que cuidou - e cuida - de mim desde que nasci, aquela que me carregou na barriga durante 09 meses e que, mesmo tendo desavenças existentes em vários momentos, é a mulher que eu idolatro e tenho como ídolo. Por essa mulher, se precisar mover mil montanhas, eu farei.
Eu precisava desabafar estes sentimentos no blog, para mostrar que realmente não tem sido fácil para mim. Se eu sumi, me distanciei de algumas pessoas - principalmente de vários amigos que falo praticamente por e-mail - é porque "não tenho cabeça", mesmo que eu precise me distrair. É meio estranho dizer, mas sempre me dei bem com as palavras, em especial escrevendo meus sentimentos sobre tudo. E o blog para mim é um diário no qual eu desabafo - não exatamente como em um diário - mas que desabafo meus sentimentos e expresso-os do modo que eu gosto: redigindo.
Peço desculpas pelo sumiço, mas, tem vezes que, quando pensamos que tudo está melhor, que o tratamento está caminhando na medida do possível, algo novo aparece em minha frente. Agradeço à um amiguinho em especial que sempre posta no meu blog e também aqueles amigos que não postam, mas dão uma passadinha por aqui.
No fim, sei que saí totalmente do assunto inicial, mas precisava mesmo desaguar palavras e sentimentos que estavam presos e eu não consegui dizer. Realmente, não nego que sou jornalista.... Bjos e uma ótima semana ^_^
Um comentário:
precisando estarei aqui
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